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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Carta do Papa Francisco ao Secretário Geral da ONU sobre os conflitos no Iraque


  “Com o coração apertado e angustiado, acompanhei os dramáticos acontecimentos dos últimos dias no norte do Iraque, onde os cristãos e as outras minorias religiosas foram obrigados a fugir de suas casas e assistir à destruição de seus lugares de culto e do patrimônio religioso. Comovido com esta situação, pedi ao Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que foi Núncio no Iraque nos Pontificados de São João Paulo II e Bento XVI, para manifestar a minha proximidade espiritual e expressar a minha preocupação, assim como de toda a Igreja Católica, com o intolerável sofrimento de pessoas que desejam somente viver em paz, harmonia e liberdade na terra de seus antepassados.

  Neste mesmo espírito, escrevo ao senhor, Secretário-geral, e lhe exponho as lágrimas, os sofrimentos e os gritos de desespero dos cristãos e das outras minorias religiosas na amada terra do Iraque. Ao renovar o meu apelo urgente à comunidade internacional para intervir e por fim à tragédia humanitária em andamento, encorajo todos os organismos competentes da ONU, especialmente os responsáveis pela segurança, a paz, o direito humanitário e a assistência aos refugiados, a prosseguirem seus esforços, em conformidade com o Preâmbulo e os artigos pertinentes da Carta das Nações Unidas.

  Os ataques violentos que têm se alastrado ao longo do norte do Iraque não podem ficar indiferentes às consciências de todos os homens e mulheres de boa-vontade e devem despertá-los para ações concretas de solidariedade em defesa dos atingidos ou ameaçados pela violência e assegurar a assistência necessária e urgente aos desabrigados além do seu retorno seguro às suas cidades e casas. As trágicas experiências do século XX e a elementar compreensão da dignidade humana exigem que a comunidade internacional – através de normas e mecanismos de direito internacional – faça tudo o que for possível para deter e prevenir novas violências sistemáticas contra as minorias étnicas e religiosas.


  Confiante que o meu apelo, unido ao dos Patriarcas Orientais e de outros líderes religiosos, encontre uma resposta positiva, colho a ocasião para renovar a minha mais elevada consideração”, assina o Papa.

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